segunda-feira, 4 de abril de 2011

O vento bate forte e quase conversa com a força que nasceu comigo...



Pelos meus cantos não consigo segurar o tempo que passa , que vaza e escorre .
Tão pouco os pensamentos que mudam e os sonhos que se transformam .
Se não fossem as frestas e o vento , eu seria como pedra .
Ou então seria daquelas pessoas que nunca se revelam, que vivem sem transbordar, que não se mostram nem em seus próprios olhos,
que se privam da beleza de surpreenderem a si mesmas,
pelo o que lhes foge da razão.

O vento bate forte e quase conversa com a força que nasceu comigo.

Daquelas forças constrangedoras que dificilmente aceitamos como normais.
Nasci com um raio na barriga, outro na goela e outro nas orelhas, que balançam, fazendo vento!
Graças a elas escapo pelos meus cantos e deixo que o tempo mude.
O sistema de arejamento interno permite que idéias velhas se desfaçam e que novas, sempre às custas das tempestades, se instalem.
A força é aquela divindade destruidora, que nos abençoa com superações inéditas e desabafos necessários.
Há quem ache ruim uma tempestade dessas na alma... há quem chame loucura e há quem chame purificação.

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