quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

AFINIDADE ... (sem mais palavras...)

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,  o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais
para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante
e permanece depois que as pessoas
deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos que impressionam,
comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.

A afinidade não precisa do amor.
Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau, porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.

Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.


 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Estive pensando...

Dentro de alguns dias estaremos no último dia do ano de 2010...
E depois da meia-noite, virá o Ano Novo...
O engraçado é que - teoricamente - continua tudo igual...
Ainda seremos os mesmos.
Ainda teremos os mesmos amigos.
Alguns o mesmo emprego.
O mesmo parceiro ou parceira.
As mesmas dívidas (emocionais e/ou financeiras).
Ainda seremos fruto das escolhas que fizemos durante a vida.
Ainda seremos as mesmas pessoas que fomos este ano...
A diferença, a sutil diferença, é que quando o relógio nos avisar que é meia-noite,
do dia 31 de dezembro de 2010,  teremos um ano INTEIRO pela frente!
Um ano novinho em folha!
Como uma página de papel em branco, esperando pelo que iremos escrever.
Um ano para começarmos o que ainda não tivemos força de vontade, coragem ou fé...
Um ano para perdoarmos um erro, um ano para sermos perdoados dos nossos....
365 dias para fazermos o que quisermos...
Sempre há uma escolha..
E, exatamente por isso, eu desejo que você faça as melhores escolhas que puder.
Desejo que sorria o máximo que puder.
Cante a música que quiser.
Ame muito. Abrace bem apertado.
Durma com os anjos. Seja protegido por eles.
Não se deixe abater pelas fraquezas e tristezas da vida, apenas erga a cabeça e siga ao lado de quem o ama.
Agradeça por estar vivo e ter sempre mais uma chance para recomeçar.
Agradeça as suas escolhas, pois certas ou não, elas são suas.
E ninguém pode ou deve questioná-las.

Sucesso! Sabedoria! Prosperidade! Felicidade! Amor!!!

Um brinde!!

domingo, 26 de dezembro de 2010

SE... tinha há muito lido e me apaixonado por este poema. Hoje me foi lembrado, por uma pessoa especial, que sabe o tamanho dos meus sonhos... então vim até aqui postá-lo para que alguns possam ler e degustar...

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

Rudyard Kipling
Tradução de Guilherme de Almeida

sábado, 25 de dezembro de 2010

Uma saudade...

Mãe... me conte uma história, me dá colo de novo... me faça dormir...

Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino

E na hora do meu desespero
Gritar por você
Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
E me conte uma história bonita
E me faça dormir
Só queria ouvir sua voz
Me dizendo sorrindo
Aproveite o seu tempo
Você ainda é um menino

Apesar de distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso escutar de você


Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conta uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura


Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir

Lady Laura

Quantas vezes me sinto perdido
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem
Me afagando os cabelos
Você certamente diria
Amanhã de manhã você vai se sair muito bem


Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição
Nos momentos alegres
Sentado ao seu lado, eu sorria
E, nas horas difíceis
Podia apertar sua mão


Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conta uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
Muito embora você sempre acha que eu ainda sou
Toda vez que eu te abraço e te beijo
Sem nada dizer
Você diz tudo que eu preciso
Escutar de você....

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Natal acontece todos os dias...



Por isso todos os dias peço a Deus que me ilumine para: ser eu mesma, ter liberdade e dar amor com gratuidade. Ser humilde, viver o presente, ser bondosa, tentar ser justa, falar com Deus e trabalhar.
Agradecer, confortar, irradiar alegria, respeitar o outro, ir em frente, ter vida interior, ser otimista.
Cuidar dos idosos, zelar pelo doente, ser simples, confiar em Deus, reconhecer o bem que me fazem.
Fazer-me respeitar pelo que sou, ter prudência, ter fé, não ser preconceituosa, crer, amar independentemente de  raça, religião, cor, cultura.
Ser caridosa, ter dignidade, conviver com as diferenças, saber sofrer, sonhar, perdoar, ser paciente.
Ter coragem, sorrir, chorar, repartir, ter firmeza e bom senso, saber que a virtude mora no meio termo.
Respeitar direitos e cumprir deveres, ser solícita, saber  dar e pedir, nunca desanimar.
Dar um pouco de mim, irradiar ternura, não deixar a esperança fenecer.
Respeitar a vida, conquistar a felicidade pela simplicidade, ser transparente, amar o inimigo, cultivar amizades.
Reconhecer meus erros e desculpar-me por eles, sair de dentro de mim e abrir o coração, ser verdadeira, não julgar nem criticar.
Ser cada dia melhor, aprender a conviver, aceitar os erros alheios, ser tolerante.
É muita coisa e algumas tão difíceis de realizar! Mas é esse o maior presente que podemos nos oferecer. E é o melhor que Jesus Cristo deseja de nós... Neste, e em todos os próximos Natais, tenhamos em mente que a Santa Noite é de confraternização da família, dos amigos, e do irmão desconhecido. E acima de tudo, que o nascimento é de JESUS. Façamos nossa oração por Ele, brindemos e agradeçamos a Ele. Eis o verdadeiro espírito do Natal!
Que todos renasçamos com Cristo em paz e com muito amor!
FELIZ NATAL!!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

'Ontem' ao Luar... que poesia...

Ontem ao luar
Nós dois em plena solidão
Tu me perguntaste
O que era dor de uma paixão
Nada respondi
Calmo assim fiquei
Mas fitando azul do azul do céu
A lua azul e te mostrei
Mostrando a ti dos olhos meus correr senti
Uma nívea lágrima e assim te respondi
Fiquei a sorrir por ter o prazer de ver a lágrima nos olhos a sofrer
A dor da paixão não tem explicação
Como definir o que só sei sentir
É mister sofrer para se saber
O que no peito o coração não quer dizer
Pergunto ao luar travesso e tão taful
De noite a chorar na onda toda azul
pergunto ao luar do mar a canção
Qual o mistério que há na dor de uma paixão
Se tu desejas saber o que é o amor
Sentir o seu calor
O amaríssimo travor do seu dulçor
Sobe o monte a beira mar ao luar
Ouve a onda sobre a areia lacrimar
Ouve o silêncio de um calado coração
A falar da solidão
A penar a derramar os prantos seus
Ouve o choro perenal a dor silente universal
E a dor maior que a dor de Deus
Se tu queres mais
Saber a fonte dos meus ais
Põe o ouvido aqui na rósea flor do coração
Ouve a inquietação da merencória pulsação
Busca saber qual a razão
Porque ele vive assim tão triste a suspirar
A palpitar em desesperação
Na teima de amar um insensível coração
Que a ninguém dirá no peito ingrato em que ele está
Mas que ao sepulcro fatalmente o levará

'Ontem' ao Luar

sábado, 11 de dezembro de 2010

Tão Seu... Skank

Sinto sua falta
Não posso esperar
Tanto tempo assim
O nosso amor é novo
É o velho amor ainda e sempre...
Não diga que não vem me ver
De noite eu quero descansar
Ir ao cinema com você
Um filme à tôa no Pathé...

Que culpa a gente tem
De ser feliz
Que culpa a gente tem
Meu bem!
O mundo bem diante do nariz
Feliz aqui e não além...

Eh! Eh!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!...

Faço tanta coisa
Pensando no momento de te ver
A minha casa sem você é triste
A espera arde sem me aquecer...

Não diga que você não volta
Eu não vou conseguir dormir
À noite eu quero descansar
Sair à tôa por aí...

Eh! Eh! Oh! Oh!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Oh! Oh! Oh! Eh! Eh!...

Sinto sua falta
Não posso esperar
Tanto tempo assim
O nosso amor é novo
É o velho amor ainda e sempre...

Que culpa a gente tem
De ser feliz
Eu digo eles ou nós dois
O mundo bem diante do nariz
Feliz agora e não depois...

Eh! Eh!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Oh! Oh! Oh! Eh! Eh!...

O mundo bem diante do nariz...

O mundo bem diante do nariz... Feliz agora e não depois...

sábado, 4 de dezembro de 2010

o encontro das almas...

' foi uma sensação súbita, suavíssima... a luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo. Não sei explicar assim como não se sabe contar sobre o crepúsculo visto de um navio em alto mar a um cego... É indizível o que me aconteceu em forma de sentir... você sentiu comigo... era uma felicidade suprema...
Você já conheceu o estado de graça das nossas almas, quando elas se encontraram em forma de luz, então reconhecerá o que estou dizendo, o que vou dizer... não me refiro à inspiração, que é uma graça especial que tantas vezes acontece... não somente... o estado de graça de que falo é como se viesse apenas para que se soubesse que realmente se existe, existe uma alma que se encontra com outra... existe o mundo...
Nesse estado, além da tranquila felicidade que se irradia de nossos corpos celestes , há uma lucidez que só chamo de leve porque na graça tudo é leve...
É uma lucidez de quem não precisa nada adivinhar, não há esforço, apenas se sabe o que e como se está acontecendo. Apenas isso: se sabe. Se sente. Se transporta.
E há nesse encontro uma bem-aventurança física que a nada no mundo se compara. O corpo se transforma num dom, porque se está experimentando, de fonte direta, a dádiva de repente indubitável de existir milagrosamente e materialmente.
Tudo ganha uma espécie de luz antes nunca vista ou sentida que não é imaginária: vem do esplendor da irradiação das nossas antigas lembranças...
Passa-se a sentir, em fração de segundos, que tudo o que existe respira e exala um finíssimo resplendor de energia... impalpável...
As descobertas nesse sentido são indizíveis e incomunicáveis, impensáveis... e é por isso que nesses instantes, ou minutos, ou horas, me mantive silenciosa... Foi como uma anunciação... como se o anjo da vida viesse anunciar nossas almas ao mundo...
Depois lentamente saí. Não como se estivesse em estado de transe... saí devagar, com um suspiro de quem teve tudo como o tudo é...
Foi lindo... profundamente lindo... obrigada por me receber.'

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

... não adianta fingir, nem mentir pra si mesmo agora... há tanta vida lá fora e, aqui dentro, sempre: como 'o mar'... aquela onda do mar... aquela gaivota, a lua por testemunha, os momentos eternizados no coração...

Complicação?... tão fácil de entender...

quando um certo alguém...

Quis evitar teus olhos
Mas não pude reagir
Fico à vontade então
Acho que é bobagem
A mania de fingir
Negando a intenção
E quando um certo alguém
Cruzou o teu caminho
E te mudou a direção
Chego a ficar sem jeito
Mas não deixo de seguir
A tua aparição
E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar
Me dê a mão
Vem ser a minha estrela
Complicação
Tão fácil de entender
Vamos dançar
Luzir a madrugada
Inspiração
Pra tudo que eu viver
Que eu viver, uoh, uoh
E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

a vida é mesmo assim... dia e noite, não e sim...

... é o espelho sem razão... quer amor? fique aqui!...

domingo, 28 de novembro de 2010

Somewhere in Time - Em Algum Lugar do Passado - By Ine Braat and Suely ...

Biquini Cavadão - Quando eu te encontrar

Quando Eu Te Encontrar...

Composição: Alvaro / Bruno / Miguel / Sheik / Coelho / Beni
Eu já sei o que meus olhos vão querer
Quando eu te encontrar
Impedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar

Eu já sei o que meus lábios vão querer
Quando eu te encontrar
Molhados de prazer
Vão querer beijar
E o que na vida não se cansa
De se apresentar
Por ser lugar comum
Deixamos de extravazar, de demonstrar

Nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar, é isso que quero fazer
É isso que quero dizer

Eu já sei o que meus braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um "C"
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar...

AMADO E ADORADO Mário Quintana, de novo, 'lendo' meus pensamentos!...Quem Sabe um Dia...

Quem sabe um dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

a redenção...

Chegou... passou... se transformou numa lembrança... a melhor delas.


Já se passou uma semana...
Os primeiros calores da ansiedade, tão antigos como se já durassem anos passou em cinco dias... passou o tempo, mas a intensidade só se mais intensificou... rendeu-se... foi a sua redenção. Os sentimentos continuaram, como no primeiro sopro...
E isso me faz não parar de sorrir... às vezes um sorriso tolo, com uma idiotice angelical.
Muito antes de vir esta primeira estação, que a chamo 'primavera', pois fez florir meu coração, já havia o prenúncio: inesperadamente uma tepidez de vento, as primeiras doçuras do ar... o RE conhecimento.
Agora o coração diz, quase se quebrando... que não venham outros prenúncios, que este seja o último, pois o último é o que fica... o mais perto, o mais presente, o mais latente...
Impossivel que esse ar não traga o amor do mundo: repete o coração que parte sua secura translúcida num sorriso e nem sequer reconhece que já o trouxe, que aquilo é 'um' amor. Esse primeiro calor, ainda fresco, traz tudo. Apenas isso e indiviso: tudo.
E tudo é muito para um coração que de repente estava enfraquecido e só suportava o menos, só poderia agora querer o pouco... e aos poucos... mas com totalidade. E isso já veio! A totalidade... aos poucos, sem pressa... na totalidade.
Sinto hoje, uma espécie de alegria ainda vindoura... e pensar que nunca dera a isso a nada e nem a ninguém? Será que dera a mim mesma?
Somente a pungência do que é bom cabe em meus nervos tão frágeis... e tão fortes! Fortes de pequenas mortes suaves...
Ah! como a dor é mais suportável e compreensível quando vivemos  uma promessa líquida e frígida da primavera...
Quero prolongá-la, aguardá-la, banhar-me dela... e esperar a estação vindoura.
Pressinto para um futuro breve, ou distante ou inalcançável a mudança de estação...
Onde tudo continua florescendo, mas com raízes fortes e certeiras, dignas se si mesmas. Vivas e viventes. Duplas!
Que venha o verão!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010


Talvez seja os dias idos, talvez ter percorrido o mesmo caminho algumas vezes em momentos diferentes, ou talvez, simplesmente, um despertar num instante qualquer... O que importa mesmo foi o que descortinou: uma doce paz no coração em perceber que a vida é tão simples quando se vive confiante; não no desejo de que as coisas deem certo, mas simplesmente em saber que ser vivo é o que basta.

É fazer o que cabe ser feito. Do que vale todo o conhecimento se não o aplicamos? Mais do que acumular conhecimento, a vida nos pede vivência. E cada instante se abre num presente de oportunidade para isso. Que bênção!

Neste mundo em que tudo é efêmero, buscar a felicidade no que ele mostra é reduzir a vida no tamanho de um grão de areia. Eternizá-la, contudo, é vivenciar o amor na sua forma genuína...
A mente analisa, o coração sintetiza; A mente divide, o coração unifica; A mente faz parte do Ego, o coração, do Eu. Quando trazemos o nosso olhar para o coração, nos unimos com a essência divina que habita em nós, nos sentimos em União, a alma acalma, o sentimento de plenitude se faz presente e a paz se estabelece.

Medo? quem não o tem???


Não leve as experiências da vida tão a sério. Não deixe principalmente que elas o magoem, pois na realidade nada mais são do que experiências de sonho... Se as circunstâncias forem ruins e você precisar suportá-las, não faça delas uma parte de você mesmo. Desempenhe o seu papel no palco da vida, mas nunca esqueça de que se trata apenas de um papel. O que você perder no mundo não será uma perda para sua alma. Confie em Deus e destrua o medo, que paralisa todos os esforços para ser bem sucedido e atrai exatamente aquilo que você receia."

Paramahansa Yogananda

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

apesar de...


'... de certa forma, tudo esta tranquilo agora...
me habituei às decepções... quem me conhece diria que isso 'não combina comigo' e, realmente, não combina... mas dizer que apesar de me habituar a isso, digo também que isso é efemero... e isso eu tenho certeza!
Estar de forma aceita a uma situação apesar de tudo não é o fim... me permito a isso, nesse momento... mesmo com o coração e mente em total questionamento, mas é uma forma tranquila de aceitar... permitir a decepção e ... passar por ela!
Isso é mais um aprendizado, uma experiência... como uma nova marca de expressão, uma ruga...
Ao lembrar-me do que acho da minha própria beleza, mesmo com as marcas de expressão deixadas pelo tempo por cada historia vivida, senti que devia dar a alguém essa minha beleza íntima, própria de mim e resolvi dar a ele... a beleza disfarçada e tão recôndita que um ser qualquer não enxergaria, não saberia ver...
Mas ele podia.
Ele é um homem, eu, uma mulher... e só... e tudo!
O milagre mais extraordinário do que esse só pode ser comparado à uma estrela cadente que atravessa quase que imaginariamente o céu negro e deixa como rastro o vívido espanto de um Universo Vivo... o nosso encontro... um homem, uma mulher... sem passado, sem presente, sem futuro, mas deixando as marcas no negro céu de nossas histórias.. ahhh! Isso é impossivel de não acontecer...
Ah!! quantas vezes o odiei, mesmo continuando a querer que ele continuasse a me desejar...
Ah!!! que Deus me ajude a conseguir o impossível! Pois só o impossível me importa!
E como tivesse conseguido ser atendida no apelo maior de minha vida, só por desejá-lo, tivesse tocado no impossível, digo baixo, mas audível e extremamente humilde: obrigada.
Defeitos graves possuo e através deles, um dia eu possa me mencionar sem me vangloriar, que eu tive a hora de poder amar.
A glorificação que eu amo o Nada.
A consciência de minha queda permanente que me leva ao amor do Nada.
E são essas quedas... nossa! Inúmeras... que começam a fazer a minha vida... talvez seja através o 'apesar de' lá de cima deste mesmo texto, que eu levo a existência com angústia e histeria...
A minha mais premente necessidade é a mais premente necessidade de um ser humano: tornar-me um.
Que venha a noite...'

terça-feira, 9 de novembro de 2010

OBSESSÃO DO MAR OCEANO




Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
Que vento bom sopra do Mar Oceano!
Meu amor eu nem sei como se chama,
Nem sei se é muito longe o Mar Oceano...
Mas há vasos cobertos de conchinhas
Sobre as mesas... e moças na janelas
Com brincos e pulseiras de coral...
Búzios calçando portas... caravelas
Sonhando imóveis sobre velhos pianos...
Nisto,
Na vitrina do bric o teu sorriso, Antínous,
E eu me lembrei do pobre imperador Adriano,
De su'alma perdida e vaga na neblina...
Mas como sopra o vento sobre o Mar Oceano!
Se eu morresse amanhã, só deixaria, só,
Uma caixa de música
Uma bússola
Um mapa figurado
Uns poemas cheios de beleza única
De estarem inconclusos...
Mas como sopra o vento nestas ruas de outono!
E eu nem sei, eu nem sei como te chamas...
Mas nos encontramos sobre o Mar Oceano,
Quando eu também já não tiver mais nome.

Mario Quintana - O Aprendiz de Feiticeiro

enfim...!!...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

... e vou trabalhando a ansiedade ...

Amém!!!

é errando que um dia, talvez... eu aprenda...

Deixa sair a dor... 'eu' deixo...


'hoje me pergunto meu nome... Luciana... escolhido por minha linda e amável mãe há 39 anos atrás... mas na verdade, meu nome devia ser 'eu'. Pois meu nome é um 'eu'. Um 'eu' que nesse momento traz no ventre um tremor gigantesco... um balançar diferente... com medo.
Esse tremor que vem junto com indagações várias, passa a ser parte de mim, desse 'eu' hoje, agora... com um choro sem som... mudo. Aquele choro que não queria vir, jamais quisera, pois sacudira a árvore forte, que é muito mais abalada que a árvore frágil, pois quando vem esse tremor na árvore forte, arrebata-lhe a raiz.. as veias.
Por isso sento-me para me recompor... minhas veias foram arrebatadas... preciso  pensar... preciso ser solidária com o meu 'eu'... descansar... fazer-me uma cirurgia de estética na alma... no espírito, nas minhas raízes... minhas veias...
Assim fazer de conta que sou uma fada...
Uma mulher vestida do azul... porque talvez o crepúsculo, um dia, mais tarde, se torne azul...
Fazer de conta que a minha infancia seja hoje e seja prateada de brinquedos e feliz...
Fazer de conta que a raiz não ficara exposta, que a veia não se abalara...
então faz de conta que dela não havia o silencioso escorrer do sangue escarlate...
Faz de conta que amo e sou amada e que asim, não preciso morrer de saudade...
Faz de conta que eu não ficara com os braços pendidos na mão de Deus... faz de conta que vivo bem e consego desatar os nós dos fios transparentes que me envolvem e paralisam...
Faz de conta que tenho um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua, pois eu sou lunar!
Faz de conta que quando eu abrir os olhos umidos e gratos, veja que tudo isso não passa de um momento ruim, impensado, mas muito engrandecedor... e faz de conta que se eu descontrair meu peito, uma douradíssima luz, leve, me guiará pela floresta de lagos mudos e tranquilos...
Faz de conta que eu não estou chorando por dentro...'

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraça-la...



'Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades…
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei…
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser…
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro…
Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser…
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências…
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que…
não sei onde…
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi…
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês…
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados…
para contar dinheiro… fazer amor…
declarar sentimentos fortes…
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades…
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência…'

Resposta!!??

... sentimentos... vêm... permanecem... precisamos trabalhá-los! Esculpi-los...

Quisera - Mensagem de Carinho

te encontrei dormindo dentro de mim...



acordei hoje com o pensamento no mar...
num luar, num pensar, num exato lugar...
dentro de mim encontrei um suspiro solto.
pipa no céu, vento fiel...

encontrei você dormindo dentro de mim.
falou-me, tocou-me, despiu-me o espírito ... amou-me...
nossas almas então despediram-se com um breve, um muito breve adeus... 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

fluida... confiante... demais??



Por que sempre tenho que ser assoberbada por surpresas? Por que nada é simplesmente calmo... e claro...?... Sinto agora, nesse instante mais palpitações, meu coração esta batendo desordenadamente dentro do meu peito... cansado de surpresas...  acho que é a reinvindicação porque nas últimas frases andei pensando egoistamente, apenas à tona de mim...
Então, como sou essa Luciana Pisciana, fluida, que confia igualmente tanto no peixinho palhaço quanto no tubarão, pois acredita que todos são sempre confiáveis e nunca mentem, ou enganam... que pensa neles, se preocupa, da colinho; que vive na água e deixa-se  levar pelo rio, mar, ou até por uma poça, caso a ache suficientemente agradável, límpida e confiável, quando penso somente acerca de mim, minha existência se manifesta para banhar e apanhar os traços do meu pensamento...
Oh Deus... Como estou (tentando) sendo feliz! Mas o medo estraga a felicidade... o medo paralisa. Fico com medo, mas o coração bate... o inexplicável amor faz o coração bater mais depressa... às vezes essa é a garantia única de que eu nasci... e talvez acreditar cegamente seja o limite das minhas possibilidades...

sábado, 30 de outubro de 2010

a minha criança continua morando dentro de mim.... que bom!!!!

Chega uma altura da vida em que você sente vergonha de chorar, de dançar no ônibus, de às vezes falar coisas ininteligíveis, de dar gargalhada e de saltitar quando está feliz. Não é uma questão de amadurecer ou não. Pessoas seguras de si podem muito bem fazer o que querem, penso. Por que não ir à padaria de pijama, chupar pirulito do batman e querer que a língua fique azul? O problema é que as pessoas têm uma enorme preocupação em crescer, ao mesmo tempo em que dizem sentir falta da infância. Diga-me, como sentir falta de algo que poderia estar na sua vida, mas você mesmo exclui? Sinceramente não consigo entender. Parar de ser sincero na maioria das vezes, parar de acreditar na inocência. Isso nos deixa tão vulneráveis a vida. Ou você já viu alguma criança chorar mais de cinco minutos por algum problema? Enquanto nos frustramos diariamente com coisas minúsculas, crianças acordam todos os dias mais felizes, vendo desenho animado e esperando que o pai chegue do trabalho, só pra lhe dar um abraço. E aí que duas realidades se chocam: alguém que abraça tentando se esquecer de todos os males e alguém que acredita que se curam todos os males só com um abraço. Qual das realidades você quer viver?

Feliz Aniversário Anna Luiza, filha amada, adorada, salve! salve!


Te amo, minha filha...
Obrigada por me dar a primeira oportunidade, há 17 anos, de ser mãe..
de me ensinar que 'pessoas que têm algum tipo de deficiência', são aquelas que não sabem amar...
de me fazer entender que para ter, é preciso antes, saber doar...
de me mostrar a sua linda face sorrindo em frente ao seu bolo de aniversário enquanto cantávamos o nosso parabéns em família... a nossa AMADA familia... você, eu, Fran e Clarinha...
AMO VOCÊ!!!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cadê eu????



Que febre... não consigo parar de viver! Numa densa selva de nomes, signos, dias, palavras... tudo me envolve o pensamento, o que penso... o que tenho vivido... Tudo tem transformado tudo o que sou, ou tudo o que fui ou era, em uma outra coisa, muito minha, muito pessoal... que, no entanto fica inteiramente fora de mim...
Ai fico pensando... quem de mim está fora?
..  um desafio que humildemente sou obrigada a pensar e aceitar... afinal sou o meu 'eu'...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Quero mais, menos, igual... eu quero.



Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero lamber mais minha cria, andar com eles pelas montanhas, que tanto amo e que me abraça, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes a praça. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, às vezes, aceitar mais, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais? Quero menos “mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha".

Comprometimentos...


Diante de mim, tendo eu por testemunha e sob pena de perder o respeito por minha própria palavra, eu me comprometo a buscar e defender Qualidade de Vida em tudo o que eu faça e em todos os lugares onde esteja.
E me comprometo a estar presente aqui e agora, a despeito do prazer ou dor que este momento me possa trazer, fazendo a parte que me caiba, do melhor modo que eu sei, sem me queixar do mundo nem culpar os outros por meus erros e fracassos, mas antes me aceitando imperfeita, limitada e humana.
Mesmo que tudo recomende o contrário, eu me comprometo a amar, confiar e ter esperança sem quaisquer limites e condições.
E embora eu possa só fazer pequeno, eu me comprometo a pensar grande e a me preparar com disciplina e coragem para os ideais que ainda espero e vou alcançar, humildemente, sabendo que tudo começa simples e singelo.
De corpo, alma e coração, eu me comprometo a crescer muito,  e sempre, de todos os modos possíveis e de todos os jeitos sonhados, com todo o amor que me caiba, até que a vida me considere apta para a passagem...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O que é, o que é???


Para calar a boca: rícino
Pra lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora
Para o pneu na lona: jacaré
Para a pantalona: nesga
Para pular a onda: litoral
Para lápis ter ponta: apontador
Para o Pará e o Amazonas: látex
Para parar na Pamplona: Assis
Para trazer à tona: homem-rã
Para a melhor azeitona: Ibéria
Para o presente da noiva: marzipã
Para Adidas: o Conga nacional
Para o outono, a folha: exclusão
Para embaixo da sombra: guarda-sol
Para todas as coisas: dicionário
Para que fiquem prontas: paciência
Para dormir a fronha: madrigal
Para brincar na gangorra: dois
Para fazer uma touca: bobs
Para beber uma coca: drops
Para ferver uma sopa: graus
Para a luz lá na roça: duzentos e vinte volts
Para vigias em ronda: café
Para limpar a lousa: apagador
Para o beijo da moça: paladar
Para uma voz muito rouca: hortelã
Para a cor roxa: ataúde
Para a galocha: Verlon
Para ser "mother": melancia
Para abrir a rosa: temporada
Para aumentar a vitrola: sábado
Para a cama de mola: hóspede
Para trancar bem a porta: cadeado
Para que serve a calota: Volkswagen
Para quem não acorda: balde
Para a letra torta: pauta
Para parecer mais nova: Avon
Para os dias de prova: amnésia
Para estourar pipoca: barulho
Para quem se afoga: isopor
Para levar na escola: condução
Para os dias de folga: namorado
Para o automóvel que capota: guincho
Para fechar uma aposta: paraninfo
Para quem se comporta: brinde
Para a mulher que aborta: repouso
Para saber a resposta: vide-o-verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: hipofagin
Para a comida das orcas: krill
Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta:
Diariamente...

Aonde for não quero dor, eu tomo conta de você... te quero livre também: como o tempo vai, o vento vem!

Interrogações...

... em que transformamos nossas vidas desde que nos conhecemos, que querem nos conduzir na mesma direção?
o encontro, o beijo, o abraço...
Não te vejo, mas sinto suas mãos a me procurar e deixar que eu sinta a magia do carinho... e no desespero de não poder olhar seus olhos neste momento, me entristeço...
Me desconheço, enlouqueço.... buscando um sentido pra tudo isso, tentando reanimar meu coração que quase desfalece ao sentir que estás próximo ou que está próxima a hora de você chegar mais uma vez...
Ai chega novamente o nosso momento, que minimiza a ânsia da espera... mas traz consigo o atrevimento de querer estar mais juntos e ainda acreditar que pode ser real...
Realidade?
Não sabemos ao certo...
Na incerteza, depositamos os nossos sonhos... sonhar, buscar, amar...
No amor, em todas as suas formas, acreditar... por que sempre há a promessa muda do reencontro...
Reencontrar e poder, assim, nos olharmos, nos sentirmos, sorrirmos e darmos continuidade a tudo de maravilhoso que sentimos juntos...
Não deixar que acabe o desejo que nasceu das palavras escritas ...
Desejos... fatalidade de uma carência contida, da busca de alguém especial... unico...

Eu... Você:
Na distância de corpos, mas na proximidade de sentimentos... a se revelar dia a dia, a sobreviver, a transbordar e ao mesmo tempo, a permanecer na espera...
sem pressa...
não importa a distancia geografica na qual nos encontramos. O importante nessa história é que, de alguma forma, temos um ao outro.
Podemos estar distantes sim, mas APENAS E TÃO SOMENTE fisicamente...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Preste atenção aos sinais...


"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino: o amor.
Se um dia tiver que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir em pensamento sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite... se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... se você preferir morrer antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso preste atenção nos sinais, não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor."

Carlos Drummond de Andrade.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eu, o tempo, a vida... as palavras que penetram, que se soltam...


'Não sei sobre o que estou escrevendo: sou obscura para mim mesma. Só tive uma visão lunar e lúcida, e então prendi para mim o instante antes que ele morresse e que perpetuamente morre. Não é um recado de idéias que transmito e sim uma instintiva volúpia daquilo que está escondido na natureza e que, por vezes, adivinho. E esta é uma festa de palavras. Escrevo em signos que são mais que um gesto do que voz. Tudo isso é que me habituei a criar mexendo na naturezaíntima das coisas. Mas agora chegou a hora de parar a criação e me refazer... refaço-me nessas linhas. Tenho uma voz. Assim como me lanço no traço do meu desenho, este é um exercicio de vida sem planejamento. O mundo não tem ordem visivel e eu só tenho a ordem da respiração.
Deixo-me acontecer... pra você.
Estou dentro dos grandes sonhos da noite pois o agora-já é de noite. E canto a passagem do tempo...
Minha aura é mistério de vida.
Eu me ultrapasso abdicando de mim e então sou o mundo: sigo a voz do mundo, eu mesma, de súbito, com voz única.
Escrevo-te na hora mesma em si própria. Desenrolo-me apenas no agora.
Falo hoje - nem ontem - nem amanhã - mas hoje e neste próprio instante perecivel.
Minha liberdade pequena e enquadrada me une à liberdade do mundo ...
Estremeço em respiração arfante... por e para você...'

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