quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

AFINIDADE ... (sem mais palavras...)

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,  o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais
para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante
e permanece depois que as pessoas
deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos que impressionam,
comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.

A afinidade não precisa do amor.
Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau, porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.

Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.


 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Estive pensando...

Dentro de alguns dias estaremos no último dia do ano de 2010...
E depois da meia-noite, virá o Ano Novo...
O engraçado é que - teoricamente - continua tudo igual...
Ainda seremos os mesmos.
Ainda teremos os mesmos amigos.
Alguns o mesmo emprego.
O mesmo parceiro ou parceira.
As mesmas dívidas (emocionais e/ou financeiras).
Ainda seremos fruto das escolhas que fizemos durante a vida.
Ainda seremos as mesmas pessoas que fomos este ano...
A diferença, a sutil diferença, é que quando o relógio nos avisar que é meia-noite,
do dia 31 de dezembro de 2010,  teremos um ano INTEIRO pela frente!
Um ano novinho em folha!
Como uma página de papel em branco, esperando pelo que iremos escrever.
Um ano para começarmos o que ainda não tivemos força de vontade, coragem ou fé...
Um ano para perdoarmos um erro, um ano para sermos perdoados dos nossos....
365 dias para fazermos o que quisermos...
Sempre há uma escolha..
E, exatamente por isso, eu desejo que você faça as melhores escolhas que puder.
Desejo que sorria o máximo que puder.
Cante a música que quiser.
Ame muito. Abrace bem apertado.
Durma com os anjos. Seja protegido por eles.
Não se deixe abater pelas fraquezas e tristezas da vida, apenas erga a cabeça e siga ao lado de quem o ama.
Agradeça por estar vivo e ter sempre mais uma chance para recomeçar.
Agradeça as suas escolhas, pois certas ou não, elas são suas.
E ninguém pode ou deve questioná-las.

Sucesso! Sabedoria! Prosperidade! Felicidade! Amor!!!

Um brinde!!

domingo, 26 de dezembro de 2010

SE... tinha há muito lido e me apaixonado por este poema. Hoje me foi lembrado, por uma pessoa especial, que sabe o tamanho dos meus sonhos... então vim até aqui postá-lo para que alguns possam ler e degustar...

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

Rudyard Kipling
Tradução de Guilherme de Almeida

sábado, 25 de dezembro de 2010

Uma saudade...

Mãe... me conte uma história, me dá colo de novo... me faça dormir...

Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino

E na hora do meu desespero
Gritar por você
Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
E me conte uma história bonita
E me faça dormir
Só queria ouvir sua voz
Me dizendo sorrindo
Aproveite o seu tempo
Você ainda é um menino

Apesar de distância e do tempo
Eu não posso esconder
Tudo isso eu às vezes preciso escutar de você


Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conta uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura


Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir

Lady Laura

Quantas vezes me sinto perdido
No meio da noite
Com problemas e angústias
Que só gente grande é que tem
Me afagando os cabelos
Você certamente diria
Amanhã de manhã você vai se sair muito bem


Quando eu era criança
Podia chorar nos seus braços
E ouvir tanta coisa bonita
Na minha aflição
Nos momentos alegres
Sentado ao seu lado, eu sorria
E, nas horas difíceis
Podia apertar sua mão


Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me conta uma história
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Lady Laura, me leve pra casa
Lady Laura, me abrace forte
Lady Laura, me faça dormir
Lady Laura

Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
Muito embora você sempre acha que eu ainda sou
Toda vez que eu te abraço e te beijo
Sem nada dizer
Você diz tudo que eu preciso
Escutar de você....

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Natal acontece todos os dias...



Por isso todos os dias peço a Deus que me ilumine para: ser eu mesma, ter liberdade e dar amor com gratuidade. Ser humilde, viver o presente, ser bondosa, tentar ser justa, falar com Deus e trabalhar.
Agradecer, confortar, irradiar alegria, respeitar o outro, ir em frente, ter vida interior, ser otimista.
Cuidar dos idosos, zelar pelo doente, ser simples, confiar em Deus, reconhecer o bem que me fazem.
Fazer-me respeitar pelo que sou, ter prudência, ter fé, não ser preconceituosa, crer, amar independentemente de  raça, religião, cor, cultura.
Ser caridosa, ter dignidade, conviver com as diferenças, saber sofrer, sonhar, perdoar, ser paciente.
Ter coragem, sorrir, chorar, repartir, ter firmeza e bom senso, saber que a virtude mora no meio termo.
Respeitar direitos e cumprir deveres, ser solícita, saber  dar e pedir, nunca desanimar.
Dar um pouco de mim, irradiar ternura, não deixar a esperança fenecer.
Respeitar a vida, conquistar a felicidade pela simplicidade, ser transparente, amar o inimigo, cultivar amizades.
Reconhecer meus erros e desculpar-me por eles, sair de dentro de mim e abrir o coração, ser verdadeira, não julgar nem criticar.
Ser cada dia melhor, aprender a conviver, aceitar os erros alheios, ser tolerante.
É muita coisa e algumas tão difíceis de realizar! Mas é esse o maior presente que podemos nos oferecer. E é o melhor que Jesus Cristo deseja de nós... Neste, e em todos os próximos Natais, tenhamos em mente que a Santa Noite é de confraternização da família, dos amigos, e do irmão desconhecido. E acima de tudo, que o nascimento é de JESUS. Façamos nossa oração por Ele, brindemos e agradeçamos a Ele. Eis o verdadeiro espírito do Natal!
Que todos renasçamos com Cristo em paz e com muito amor!
FELIZ NATAL!!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

'Ontem' ao Luar... que poesia...

Ontem ao luar
Nós dois em plena solidão
Tu me perguntaste
O que era dor de uma paixão
Nada respondi
Calmo assim fiquei
Mas fitando azul do azul do céu
A lua azul e te mostrei
Mostrando a ti dos olhos meus correr senti
Uma nívea lágrima e assim te respondi
Fiquei a sorrir por ter o prazer de ver a lágrima nos olhos a sofrer
A dor da paixão não tem explicação
Como definir o que só sei sentir
É mister sofrer para se saber
O que no peito o coração não quer dizer
Pergunto ao luar travesso e tão taful
De noite a chorar na onda toda azul
pergunto ao luar do mar a canção
Qual o mistério que há na dor de uma paixão
Se tu desejas saber o que é o amor
Sentir o seu calor
O amaríssimo travor do seu dulçor
Sobe o monte a beira mar ao luar
Ouve a onda sobre a areia lacrimar
Ouve o silêncio de um calado coração
A falar da solidão
A penar a derramar os prantos seus
Ouve o choro perenal a dor silente universal
E a dor maior que a dor de Deus
Se tu queres mais
Saber a fonte dos meus ais
Põe o ouvido aqui na rósea flor do coração
Ouve a inquietação da merencória pulsação
Busca saber qual a razão
Porque ele vive assim tão triste a suspirar
A palpitar em desesperação
Na teima de amar um insensível coração
Que a ninguém dirá no peito ingrato em que ele está
Mas que ao sepulcro fatalmente o levará

'Ontem' ao Luar

sábado, 11 de dezembro de 2010

Tão Seu... Skank

Sinto sua falta
Não posso esperar
Tanto tempo assim
O nosso amor é novo
É o velho amor ainda e sempre...
Não diga que não vem me ver
De noite eu quero descansar
Ir ao cinema com você
Um filme à tôa no Pathé...

Que culpa a gente tem
De ser feliz
Que culpa a gente tem
Meu bem!
O mundo bem diante do nariz
Feliz aqui e não além...

Eh! Eh!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!...

Faço tanta coisa
Pensando no momento de te ver
A minha casa sem você é triste
A espera arde sem me aquecer...

Não diga que você não volta
Eu não vou conseguir dormir
À noite eu quero descansar
Sair à tôa por aí...

Eh! Eh! Oh! Oh!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Oh! Oh! Oh! Eh! Eh!...

Sinto sua falta
Não posso esperar
Tanto tempo assim
O nosso amor é novo
É o velho amor ainda e sempre...

Que culpa a gente tem
De ser feliz
Eu digo eles ou nós dois
O mundo bem diante do nariz
Feliz agora e não depois...

Eh! Eh!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Me sinto tão, me sinto só
E sou teu!
Oh! Oh! Oh! Eh! Eh!...

O mundo bem diante do nariz...

O mundo bem diante do nariz... Feliz agora e não depois...

sábado, 4 de dezembro de 2010

o encontro das almas...

' foi uma sensação súbita, suavíssima... a luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo. Não sei explicar assim como não se sabe contar sobre o crepúsculo visto de um navio em alto mar a um cego... É indizível o que me aconteceu em forma de sentir... você sentiu comigo... era uma felicidade suprema...
Você já conheceu o estado de graça das nossas almas, quando elas se encontraram em forma de luz, então reconhecerá o que estou dizendo, o que vou dizer... não me refiro à inspiração, que é uma graça especial que tantas vezes acontece... não somente... o estado de graça de que falo é como se viesse apenas para que se soubesse que realmente se existe, existe uma alma que se encontra com outra... existe o mundo...
Nesse estado, além da tranquila felicidade que se irradia de nossos corpos celestes , há uma lucidez que só chamo de leve porque na graça tudo é leve...
É uma lucidez de quem não precisa nada adivinhar, não há esforço, apenas se sabe o que e como se está acontecendo. Apenas isso: se sabe. Se sente. Se transporta.
E há nesse encontro uma bem-aventurança física que a nada no mundo se compara. O corpo se transforma num dom, porque se está experimentando, de fonte direta, a dádiva de repente indubitável de existir milagrosamente e materialmente.
Tudo ganha uma espécie de luz antes nunca vista ou sentida que não é imaginária: vem do esplendor da irradiação das nossas antigas lembranças...
Passa-se a sentir, em fração de segundos, que tudo o que existe respira e exala um finíssimo resplendor de energia... impalpável...
As descobertas nesse sentido são indizíveis e incomunicáveis, impensáveis... e é por isso que nesses instantes, ou minutos, ou horas, me mantive silenciosa... Foi como uma anunciação... como se o anjo da vida viesse anunciar nossas almas ao mundo...
Depois lentamente saí. Não como se estivesse em estado de transe... saí devagar, com um suspiro de quem teve tudo como o tudo é...
Foi lindo... profundamente lindo... obrigada por me receber.'

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

... não adianta fingir, nem mentir pra si mesmo agora... há tanta vida lá fora e, aqui dentro, sempre: como 'o mar'... aquela onda do mar... aquela gaivota, a lua por testemunha, os momentos eternizados no coração...

Complicação?... tão fácil de entender...

quando um certo alguém...

Quis evitar teus olhos
Mas não pude reagir
Fico à vontade então
Acho que é bobagem
A mania de fingir
Negando a intenção
E quando um certo alguém
Cruzou o teu caminho
E te mudou a direção
Chego a ficar sem jeito
Mas não deixo de seguir
A tua aparição
E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar
Me dê a mão
Vem ser a minha estrela
Complicação
Tão fácil de entender
Vamos dançar
Luzir a madrugada
Inspiração
Pra tudo que eu viver
Que eu viver, uoh, uoh
E quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

a vida é mesmo assim... dia e noite, não e sim...

... é o espelho sem razão... quer amor? fique aqui!...

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