quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
Veleiro... prá ti...
Mar afora, mar adentro
lá vai singrando um veleiro
quem dera ser passageiro
pra correr nas mãos do vento.
Mar adentro, mar afora
Como navega ligeiro
Cruzando este golfo inteiro
Nas cores vivas da aurora…
Aonde vais assim tão cedo
rumo à ilha do Arvoredo,
levando meu coração…?
Vou navegando contigo
meus olhos te seguem, amigo
perdidos na imensidão.
Baía de Zimbros, Janeiro de 2005
Manoel de Andrade, in "Cantares"
Uma postagem especial para alguém especial...
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
sexta-feira, 18 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
domingo, 13 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
a tradução... Yann Tiersen
Monochrome
"Bem, eu posso tentar
Qualquer coisa, é o mesmo ciclo
Que leva a nada e eu estou cansado
Bem, eu perdi meu rosto
Minha dignidade, minha aparência
Tudo se foi
Eu estou cansado
Mas não se assuste
Eu arranjei um bom emprego e vou ao trabalho
Todo dia na minha velha bicicleta que você amava
Eu estou empilhando alguns livros velhos de baixo da minha cama
E eu realmente acho que não os lerei mais
Sem concentração
Somente uma bagunça branca
Em volta de mim
Você sabe eu estou tão cansado
Mas não se preocupe
Eu ainda vou a restaurantes e festas
Com alguns velhos amigos que se preocupam comigo
Me levam de volta pra casa e ficam lá
Piso monocromático, paredes monocromáticas
Somente ausência perto de mim
Nada além de silêncio ao meu redor
Apartamento monocromático, vida monocromática
Somente ausência perto de mim
Nada além de silêncio ao meu redor
De vez em quando eu procuro por um evento
Ou alguma coisa para lembrar
Mas eu realmente não tenho nada em mente
De vez em quando eu abro a janela
E ouço as pessoas andando na rua lá em baixo
Existe vida lá fora
Mas não se assuste
Eu arranjei um bom emprego e vou ao trabalho
Todo dia na minha velha bicicleta que você amava
Bem, eu posso tentar
Qualquer coisa, é o mesmo ciclo
Que leva a nada e eu estou cansado
Bem, eu perdi meu rosto
Minha dignidade, minha aparência
Tudo se foi
Eu estou cansado
Mas não se preocupe
Eu ainda vou a restaurantes e festas
Com alguns velhos amigos que se preocupam comigo
Me levam de volta pra casa e ficam lá
Piso monocromático, paredes monocromáticas
Somente ausência perto de mim
Nada além de silêncio ao meu redor
Apartamento monocromático, vida monocromática
Somente ausência perto de mim
Nada além de silêncio ao meu redor"
a dor que me alcança é minha...
'...A dor que te alcança é tua.
Ninguém a sofrerá por ti.
Os amigos se apiedarão, buscarão auxiliar-te, porém,
o empenho estará cravado nas carnes da tua alma.
Da mesma forma, a felicidade que te chega, é tua.
Haverá riso e satisfação entre aqueles que te amam, todavia,
a sensação de júbilo não a podes repartir com ninguém.
Isto posto, no sofrimento, não imponhas amargura àqueles que te cercam,
conforme na alegria, não podes fazer que eles se sintam ditosos...'
... me permitir? pra que? ou para quem???
"Como em tudo, no escrever tambem tenho uma especie de receio de ir longe demais. Que sera isso? Por que? Retenho-me como se retivesse as rédeas de um cavalo que poderia galopar e me levar Deus sabe onde. Eu me guardo. Por que
e para quê? para o que estou eu me poupando? Eu já tive clara consciência disso quando uma vez escrevi: "é preciso não ter medo de criar". Por que o medo? Medo de conhecer os limites de minha capacidade? ou medo do aprendiz
de feiticeiro que não sabia como parar? Quem sabe, assim como uma mulher se guarda intocada para dar-se um dia ao amor, talvez eu queira morrer toda
inteira para que Deus me tenha toda..."
e para quê? para o que estou eu me poupando? Eu já tive clara consciência disso quando uma vez escrevi: "é preciso não ter medo de criar". Por que o medo? Medo de conhecer os limites de minha capacidade? ou medo do aprendiz
de feiticeiro que não sabia como parar? Quem sabe, assim como uma mulher se guarda intocada para dar-se um dia ao amor, talvez eu queira morrer toda
inteira para que Deus me tenha toda..."
domingo, 6 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
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