quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Paixão de música, paixão pelo Capital, paixão pela Zélia... ufa!!

O que os nossos amadíssimos felinos fazem por nós!!?

... Esquentam nosso colo e nos dão alguém para falar.
Ajudam a baixar a pressão.
Criam um elo entre você e as outras pessoas que têm gatos.
Transformam objetos comuns em brinquedos.
Nos faz mais atentas aos pássaros.
Funcionam como alarme.
Exibem acrobacias para você.
Contribuem para tornar sua vida mais longa.
Enfeitam o peitoril da janela.
Mantém os ratos longe.
Nos faz sorrir.
Inspira os poetas e escritores.
Nos ensina a ter os pés no chão.
Nos faz deixar nossos desejos em segundo plano em prol de alguém.
Aquecem nossas casas e nossos corações.
Nos lembram de como a vida é misteriosa.
Compartilham conosco o seu ronronar.
Nos instruem na arte de se espreguiçar.
Mostram-nos como levantar a poeira e dar a volta por cima.
Fazem com que até nosso sofá velho pareça bonito.
Abrem nossos corações!!

Seja bem vinda, Luah!

"NORA: Practice Makes Purr-fect" - Check the sequel too.

Vegana - Tradições

Vegana - Almoço vegano

Vegana - Inspiração

domingo, 23 de janeiro de 2011

Meu filho, minha estrelinha, minha vida... obrigada por existires e seres meu! Te pergunto desde bem pequenino: "O que mamãe fez de tão bom pra te merecer?... Já tens a resposta?


Uma homenagem ao menino mais lindo do mundo! O presente a mim concedido... Francisco, o meu Fran! Eu te amo!!!!!

A Paz na Terra... O pé na Terra... és o mais bonito dos Planetas!!!

O Sal da Terra

composição: Beto Guedes/Ronaldo Bastos

 
Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã

Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...

Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra

Vamos precisar de todo mundo... um mais um é sempre mais que dois...

14 bis... uma saudade das minhas Minas Gerais...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Lavanda... minha fragrância... minha cor...

Solidão!??

São 6h da manhã... estou deitada em minha cama, em minha casa... ouvindo o silêncio do meu quarto... Ele chega bem próximo, tão completo que quase não dá para ouvir alguns pássaros que começam a querer me acordar... sem nem saberem que o dia já raiou em mim... um pouco mais cedo que o habitual.
Esse é o instante preciso da virada da noite rumo ao dia, um sopro de imobilidade, quando tudo é puro potencial.
Pouco depois disso... após as 6h, saio da cama, devagar... para não acordar a Clara e ela me impedir de ir para o meu adorado banho matinal, dizendo 'mamãe... qué você'... o que não daria para ignorar... Tomo um banho quente, como gosto... com andiroba... visto minha velha, amada e confotavel camisa branca. Deliciosa.
Abro as grades, que permiti pela primeira vez me trancafiarem por segurança, e chego à porta principal da casa... onde avisto parte de céu cinza, parte de céu azul, mas um dia triste...
A piscina é visitada por libélulas, felizes...
O ar chega frio, mas não chega a ser desconfortável... meus pés descalços tocam o chão, mais frio que no interior da casa, mas me sinto livre... em minha companhia as libélulas... algumas pessoas que passam do lado de fora do portão e uma música, ao longe, de alguém que cedo despertou, como eu.
Penso em fazer uns alongamentos, mas sinto preguiça... e me permito não fazê-los.
Depois entro, olho meus outros filhos adormecidos, tranquilos... visito o quarto da mamãe, que logo receberá a visita da enfermeira para o seu banho... também dorme tranquila, depois de uma noite nem tão tranquila assim.
Beijo sua testa.
Sigo para a cozinha onde me sento, só, para degustar um papaya com quinua... depois um espresso... e somente.
Começo a ouvir uns estalos na casa... carros que começam a passar na rua, os que sobem engrenam a segunda marcha...
Daqui a pouco vou ligar o computador. Mas daqui a pouco. Primeiro vou ler um pouquinho... uma biografia importante... de alguém importante... Lispector.
Ler um capítulo para esticar o tempo e permanecer mais um pouco comigo mesma. Estou mergulhada na solidão e a sensação é terna, aconchegante e boa.
Levei um bom tempo até apreciar a beleza especial da solidão. Como para muitas mulheres, a solidão não era um assunto no qual eu pensasse, até que ela aterrisou em minha vida, de uma forma impossível de não ser notada, como um borrão de tinta em um pálido papel.
Após ter optado pelo desligamento de um casamento que foi feliz por anos, a princípio não pensei nesse sentimento... de solidão. Seguinte a isso, o fardo de poder-me sentir só foi-se abrandando, mas preenchido por uma nova sensação de solidão; a dura realidade que estava sozinha no mundo, me esforçando para reconstruir minha carreira, após uma abrupta parada, por uma outra razão que não descreverei agora...
Esse momento era um desafio, o maior com o qual eu me deparava: descobrir quem eu era... me re-descobrir.
Assim percebi, no meu início de redescobrimento que ao chegar a um lugar onde já não poderia ser resgatada por um homem, entendi, de forma completa e irrevogável, que eu era a única responsável pelo meu destino, independentemente de quantos relacionamentos viesse a ter, encontrando ou não um grande amor.
E o que acabei descobrindo mudou toda a minha vida: ao abrir mão da fantasia do resgate, ultrapassei um limite invisível. Pela primeira vez eu estava pronta para aceitar o fato de ser uma mulher sozinha, só que agora já não era uma posição automática, mas um estado que eu podia assumir de forma orgulhosa. Essa mudança de perpectiva foi, ao mesmo tempo, radical e comum: radical porque, conforme me livrei do medo, aquilo mudou para sempre a minha maneira de pensar e sentir quanto a mim mesma; comum porque me permitiu cuidar de minha vida diária com clareza e a força que há muito vinham faltando.
Há músicas que ouvia na adolescência que  tentavam responder o que é a solidão, quando esta, ainda, nem pensava em permear meus pensamentos... era jovem, com uma vida pela frente e, numa época assim, quem é que pensa em solidão?
Hoje eu me pergunto: alguém escreveria uma canção como essa sobre solidão, uma condição que traz seu próprio mistério, embora não chegue a ser  algo que ansiamos por desvendar, muito menos encontrar? Mas não se pode negar que há inúmeras músicas sobre a solidão, lindas canções, nas quais embalamos nossa dor, esperamos pela volta de alguém... de um ser querido, de um colo, de um amor...
Mas, em minha profunda necessidade de conexão, a solidão é algo básico da condição humana e tem potencial para preencher minha carência de entendimento próprio e expressão pessoal. No entanto, esse permanece um assunto tristemente negligenciado.
Podemos estar distantes de pessoas que amamos e ainda nos sentimos ligados à elas. Podemos dividir nossa cama com alguém e ainda nos sentir profundamente sós...
Uma chance de conhecer um estranho pode acender uma centelha que sinaliza o potencial para um relacionamento, mesmo que você não esteja procurando por um...
Horas que passamos sozinhos podem transcorrer num piscar de olhos; minutos podem ser intermináveis. Poucos de nós somos totalmente sozinhos no mundo... geralmente temos pais, ou irmãos... ou amigos.
Cheguei ao ponto.. o que solidão tem a ver com isso? Não necessariamente precisamos estar acompanhados de alguém para não nos sentirmos sós... podemos nos sentir assim nos relacionamentos que não nos confortam, isto é, se não se afinam com experiências compartilhadas ou reconhecimento mútuo.
A solidão é tanto um estado interior como uma condição externa. No fundo de nossos corações, provavelmente entendemos que a solidão é uma parte natural da vida, mas a solidão existencial pode ser inquietante , aquela consciência de que, dentro de nós, há algo que nenhum ser humano, por mais íntimo que seja, jamais conseguirá tocar... 'nosso ser interior , o que chamamos de nós mesmas,  nenhum olho, nem o toque de um anjo ou homem, jamais penetrou' - Elizabeth Stanton.
Só em ler sinônimos  para 'estar só' no dicionário, 'solitário', 'sozinho', 'so', 'desolado', já causa certa apreensão. Precisamos desmistificar o fato de estar só, e livrá-lo da nódoa do isolamento ou do desespero, entendendo que se trata, essencialmente de um estado 'neutro'. Em seu vasto espectro, nossa experiência de estar só pode ir da perda e do vazio do isolamento até a outra extremidade, com plenitude da solicitude. A direção que as pessoas têm de buscar é essa. É aí que encontraremos o adubo para a futura colheita de nossos recursos internos...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Oswaldo Montenegro - Só

Sempre Não é Todo Dia

o livro de quem nem sabe escrever...

'Eu vou morrer... há esta tensão como a de um arco prestes a disparar a flecha... lembro-me do signo de sagitário: metade homem e metade animal. A parte humana em rigidez clássica, segura o arco e a flecha. O arco pode disparar a qualquer instante e atingir o alvo. Sei que vou atingir o alvo.
Agora vou escrever ao correr da mão:não mexo no que ela escrever. Esse é um modo de não haver defasagem entre o instante e eu... eu e eu...: ajo no âmago do próprio instante. Mas de qualquer modo há uma defasagem. Começa assim: como o amor impede a morte, e não sei o que estou querendo dizer com isto. Confio na minha incompreensão que tem me dado vida liberta do entendimento , perdi amigos, parentes, não entendo a morte ainda... o horrível dever é o de ir até o fim. E sem contar a ninguém. Viver-se a si mesma. E para sofrer menos embotar-se um pouco. Porque não posso mais carregar as dores do mundo. Que fazer quando sinto totalmente o que outras pessoas não sentem? Vivo-as mas não tenho mais força. Não quero contar nem a mim mesma certas coisas. Seria trair o é-se. Sinto que sei de uma das verdades. Que já pressinto. Mas verdades não têm palavras. Verdades ou verdade?? Não vou falar de Deus... Ele é segredo meu.
Está fazendo um dia de sol... a praia deve estar cheia... é férias... vento bom e liberdade..
Eu estou só. Sem precisar de ninguém... É difícil porque preciso repartir contigo o que sinto. O mar calmo. Mas sempre à espreita e em suspeita. Como se
tal calma pudesse não durar... Algo está sempre por acontecer. O imprevisto improvisado e fatal me fascina. Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo.
Você tornou-se um eu. É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar: olhei para você fixamente por alguns instantes, no primeiro dia que te vi... tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isso de estado agudo de felicidade. Estou terrivelmente lúcida e parece que alcanço um plano mais alto de humanidade. Ou da desumanidade...'

Relicário. Cássia Eller e Nando Reis

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