domingo, 28 de novembro de 2010

Chegou... passou... se transformou numa lembrança... a melhor delas.


Já se passou uma semana...
Os primeiros calores da ansiedade, tão antigos como se já durassem anos passou em cinco dias... passou o tempo, mas a intensidade só se mais intensificou... rendeu-se... foi a sua redenção. Os sentimentos continuaram, como no primeiro sopro...
E isso me faz não parar de sorrir... às vezes um sorriso tolo, com uma idiotice angelical.
Muito antes de vir esta primeira estação, que a chamo 'primavera', pois fez florir meu coração, já havia o prenúncio: inesperadamente uma tepidez de vento, as primeiras doçuras do ar... o RE conhecimento.
Agora o coração diz, quase se quebrando... que não venham outros prenúncios, que este seja o último, pois o último é o que fica... o mais perto, o mais presente, o mais latente...
Impossivel que esse ar não traga o amor do mundo: repete o coração que parte sua secura translúcida num sorriso e nem sequer reconhece que já o trouxe, que aquilo é 'um' amor. Esse primeiro calor, ainda fresco, traz tudo. Apenas isso e indiviso: tudo.
E tudo é muito para um coração que de repente estava enfraquecido e só suportava o menos, só poderia agora querer o pouco... e aos poucos... mas com totalidade. E isso já veio! A totalidade... aos poucos, sem pressa... na totalidade.
Sinto hoje, uma espécie de alegria ainda vindoura... e pensar que nunca dera a isso a nada e nem a ninguém? Será que dera a mim mesma?
Somente a pungência do que é bom cabe em meus nervos tão frágeis... e tão fortes! Fortes de pequenas mortes suaves...
Ah! como a dor é mais suportável e compreensível quando vivemos  uma promessa líquida e frígida da primavera...
Quero prolongá-la, aguardá-la, banhar-me dela... e esperar a estação vindoura.
Pressinto para um futuro breve, ou distante ou inalcançável a mudança de estação...
Onde tudo continua florescendo, mas com raízes fortes e certeiras, dignas se si mesmas. Vivas e viventes. Duplas!
Que venha o verão!

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