quarta-feira, 10 de novembro de 2010

apesar de...


'... de certa forma, tudo esta tranquilo agora...
me habituei às decepções... quem me conhece diria que isso 'não combina comigo' e, realmente, não combina... mas dizer que apesar de me habituar a isso, digo também que isso é efemero... e isso eu tenho certeza!
Estar de forma aceita a uma situação apesar de tudo não é o fim... me permito a isso, nesse momento... mesmo com o coração e mente em total questionamento, mas é uma forma tranquila de aceitar... permitir a decepção e ... passar por ela!
Isso é mais um aprendizado, uma experiência... como uma nova marca de expressão, uma ruga...
Ao lembrar-me do que acho da minha própria beleza, mesmo com as marcas de expressão deixadas pelo tempo por cada historia vivida, senti que devia dar a alguém essa minha beleza íntima, própria de mim e resolvi dar a ele... a beleza disfarçada e tão recôndita que um ser qualquer não enxergaria, não saberia ver...
Mas ele podia.
Ele é um homem, eu, uma mulher... e só... e tudo!
O milagre mais extraordinário do que esse só pode ser comparado à uma estrela cadente que atravessa quase que imaginariamente o céu negro e deixa como rastro o vívido espanto de um Universo Vivo... o nosso encontro... um homem, uma mulher... sem passado, sem presente, sem futuro, mas deixando as marcas no negro céu de nossas histórias.. ahhh! Isso é impossivel de não acontecer...
Ah!! quantas vezes o odiei, mesmo continuando a querer que ele continuasse a me desejar...
Ah!!! que Deus me ajude a conseguir o impossível! Pois só o impossível me importa!
E como tivesse conseguido ser atendida no apelo maior de minha vida, só por desejá-lo, tivesse tocado no impossível, digo baixo, mas audível e extremamente humilde: obrigada.
Defeitos graves possuo e através deles, um dia eu possa me mencionar sem me vangloriar, que eu tive a hora de poder amar.
A glorificação que eu amo o Nada.
A consciência de minha queda permanente que me leva ao amor do Nada.
E são essas quedas... nossa! Inúmeras... que começam a fazer a minha vida... talvez seja através o 'apesar de' lá de cima deste mesmo texto, que eu levo a existência com angústia e histeria...
A minha mais premente necessidade é a mais premente necessidade de um ser humano: tornar-me um.
Que venha a noite...'

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